Morte, tu que és tão forte...
Quão firmada, és.
Pousa crédula na tua força,
a lâmina célere
invasora de sonhos dos 'eus',
Que rasga a pele dos sentidos
e pui a organza clara
da crença num Deus.
Morte, tu que és tão forte...
Absoluta.
A alma a qual queres,
a nenhuma perdoa.
Peço-te _ como se faz a um Deus _
Voa, aqui, pássaro sombreado,
irônico, travesso...
Versa de vez a tua malvadez.
Discrepo
da tua maleficência,
Da tua boa eficiência
de dar o amargo
'in dribs and drabs',
Do inferno impérvio
donde sai tua ira, não tardes,
Vem!
E liberta, e livra, e libera
quem no sal arde;
Não retalhes mais o espírito,
não flageles mais a carne;
Morte, tu que és tão forte...
Absoluta.
A alma a qual queres,
a nenhuma perdoa,
Morte, tu que és tão forte...
aferra os sofreres, limita:
prenda-os na vasta parede
que separa os dois mundos.